Eu, como Pelé, me trato na terceira pessoa.

terça-feira, janeiro 30, 2007

A movimentada vida acadêmica

Havia adiantado no trailer do último post o sumiço do meu veneradíssimo orientador, ocasionando um ligeiro atraso na realização da minha monografia. Deixando a firma de lado, pretendo descrever abaixo minhas últimas ações acadêmicas. Como nos meus escritos anteriores vou lista-los em itens, pois já notei que isso melhora o entendimento dos leitores e facilita (muito, muito mesmo) o meu trabalho de pseudo-escritor:
  1. Mais uma vez fui pagar a mensalidade diretamente no caixa automático e esqueci de computar o desconto para aqueles que pagam em dia. Por isso, como todo mês, dei sem querer mais uma para a instituição de ensino onde estudo;
  2. Meu orientador não entrou em contato comigo e isso me faz pensar em duas possibilidades. A primeira é que ele está me ignorando porque sua caixa de correio eletrônico está abarrotada e minha humilde cartinha (o “e-meiozinho”) deve estar perdida lá no meio. A segunda é que ele está me ignorando porque ele percebeu na nossa primeira e única conversa que eu sou (muito, muito mesmo) bom e que darei conta muito facilmente;
  3. Mesmo sem a presença desta ilustríssima figura que é meu orientador, eu já poderia ter adiantado a pesquisa lendo os livros indicados pelos professores. Mas...

Como este é um post de novidades antigas, isto é, não aconteceu nada no meu mundinho acadêmico, não consegui elaborar um roteiro movimentado. A não ser que eu escreva um em homenagem àqueles filmes russos (muito, muito mesmo) parados em que nada acontece mas são aclamados pela crítica e ganham retrospectiva na Mostra Internacional.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Indo além da firma

Pois é, não consigo sair do tema "firma" e estou fugindo do propósito inicial deste blog que era contar um pouco do que está acontecendo na minha vida em geral, e não apenas na vida profissional. Portanto, como todo seriado, tentarei rechear as histórias descrevendo outros aspectos da vida. Abaixo, como num trailer, segue a amostra grátis do que pretendo desenvolver:

  1. Como num filme de Woody Allen, um dos personagens (provavelmente Eu) começará a frequentar uma psicóloga. Esta nova personagem terá como característica insistir na importância do falo. Digo, do falo que eu te escuto.
  2. Como no filme Closer, sucesso dos cinemas no ano passado (ou já será retrasado?), terá muitas intrigas amorosas com um dos personagens (provavelmente Eu) arranjando uma linda namorada enquanto todos os seus colegas estão desmanchando seus respectivos casamentos/ noivados/ namoros/ ficadas/ outros tipos de relacionamentos modernos possíveis. Uma música norte-americana será escolhida para servir como leitmotiv dessas cenas e depois ganhará uma versão da cantora Simone.
  3. Como no novela Malhação, será abordado a vida de um estudante (provavelmente Eu). Mas diferente do programa citado, será uma vida acadêmica cheia de pesquisa teórica e o personagem será orientado por um respeitadíssimo e ocupadíssimo profissional da área que, de tão respeitadíssimo e ocupadíssimo, se tornará uma figura ausente desta fase da sitcom. Quem sabe na próxima temporada, não?

Desta forma espero que consiga abarcar mais aspectos além da firma.

Firmeza?

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Roteiro fictício

Esses últimos dias estão fracos na firma, não sobrando nenhum acontecimento interessante para tentar roteirizar. Sinto que as histórias não são dramaturgicamente eficientes, podendo cair muito facilmente (ou pelo menos mais que de costume) na mesmice.

Num esforço hercúleo de escrever algo depois de mais de uma semana sem atualizar, apresento abaixo um roteiro quase que inteiramente fictício elaborado em conjunto com a Bossa Nova, apesar de ela não estar ciente desta co-autoria.

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1 - Interior da firma

Eu – Que estranho, não tenho nada pra fazer!

Colega de Trabalho – Eu também não! Deve ser porque ainda estamos começando o ano...

Chefe aparece no escritório

Chefe – Parem de fazer o que estão fazendo. Recebi ordens superiores de pararmos as máquinas!

Eu – Parar de ficar coçando o saco?

Colega de Trabalho - Meu Deus! Eu não agüento mais ficar fazendo nada! Me dá algo pra fazer! (Nunca pensei que diria isso!)

Corta.

2 - Eu acorda. Está deitado no sofá da firma.

Eu (diz grogue) Nossa, era tudo um sonho!

Chefe (diz com raiva) O quê! Você está dormindo? E o trampo, acabou?

Eu – Trampo?

Chefe – Não vai me dizer que ainda não acabou? Você começou a fazer ontem de manhã, teve a tarde inteira pra fazer e ficou a noite inteira aqui no escritório pra dar tempo de terminar tudo hoje! Eu tenho uma reunião agora de manhã com o dono da firma! O que eu vou dizer pra ele?

Eu – Diga pra comprar um sofá mais confortável porque eu to todo dolorido...

(claque dá risada)

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Na verdade no começo deste post eu menti sobre o ritmo vagaroso da firma. Estou mesmo é com preguiça de atualizar este blog.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

E então tudo voltou 4

Tempos atrás estava lendo um texto saído não sei de onde no qual o autor, que não lembro quem era, contava um fato acontecido na sua infância. Nas décadas de 30, 40 e 50 era comum a exibição semanal nas salas de cinema de seriados de aventura, como Tarzan e Zorro. Como as séries produzidas hoje para a televisão, eram formadas por episódios que terminavam com um gancho que seria resolvido apenas no capítulo da semana seguinte. Conta o autor (ainda não lembro quem era...) que um desses episódios terminou com uma situação delicada (naturalmente, não lembro detalhes). Mas era como se o herói tivesse caído de um abismo.

Na semana seguinte, a exibição começava relembrando o episódio anterior. Para a surpresa do autor do texto (quem era mesmo?), a história mostrava que o mocinho não havia caído do penhasco e tinha conseguido se safar dessa facilmente, contrariando radicalmente o episódio anterior. O então pequeno espectador saiu da sala de cinema se sentindo enganado.

Depois dessa longa introdução segue um esboço de diálogo do capítulo de hoje.

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fachada da firma, 9 da manhã.

Eu estou entrando na firma quando o colega da noite está indo embora.

Colega da noite: Nossa, você está meio estranho! O que aconteceu!

Eu: Estou numa agonia! Fui escalado para trabalhar com o @#%... Nem consegui dormir direito hoje, só de pensar nisso!

Colega da noite: Não se preocupe, acharam outro trouxa... Digo outra pessoa pra trabalhar com ele!

(claque dá risada)

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Sinto que esse desfecho pode frustar os fãs mais assíduos, já que Eu nem havia pisado na firma e o grande problema já estava resolvido. Como um Batman do seriado dos anos 60 que no último episódio tinha caído numa armadilha do Coringa e no começo do seguinte o super-herói pega alguma bat-bugiganga muito estranha e bizarra do cinto de utilidades e facilmente se livra do perigo.
É preciso trabalhar melhor esses roteiros, não?
E é preciso citar as fontes, não é?

quarta-feira, janeiro 03, 2007

E então tudo voltou 3

Depois do recesso das festas de final de ano voltamos em definitivo ao trabalho árduo. Afinal, haja assunto para conversar um dia inteiro sem nada para fazer. É tempo mais do que suficiente para contar e sentir saudades imensas dos dias mansos das férias coletivas. Mas voltemos à realidade porque amanhã promete mais uma história estilo "24 Horas" só que na minha versão cômica.
Já tenho até um esboço do diálogo que mostra como foi o final do capítulo de hoje, digo do dia de hoje (um dos personagens dei o nome de @#% para não ter que citar nomes):

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Interior da firma, 17:55 (isto é, faltando 5 minutos para o fim do turno de trabalho)

Eu - Não fiz nada de útil hoje. Estou até com crise na consciência! Dá até vontade de trabalhar!

Colega de trabalho - Nessa hora?

Eu - Passou a vontade...

(claque dá risada)

Chega o chefe

Chefe - Chegou trampo pra amanhã!

Eu - Bom, amanhã é outro dia, né?

Chefe - E você vai trabalhar junto com o @#%...

Mal termina a frase, chefe sai de cena fugindo.

Eu - Nããããããããããããããããoooooooooo! Meu deus, que pecados eu cometi pra sofrer tanto! Qualquer um menos ele! Se quiser trabalho fim de semana, viro noites seguidas, mas ele não!

Chefe reaparece em cena.

Chefe- Só desta vez. Na próxima eu te livro dessa...

Eu - Tá certo...

Corta. Agora mostramos a firma na véspera do feriado prolongado de carnaval.

Chefe - Chegou trampo pra amanhã!

Eu - Bom, fazer o quê, né?

Chefe - E você vai trabalhar junto com o @#%...

Eu - Nããããããããããããããããoooooooooo!

Chefe - Só desta vez...

Claque dá risada e termina o quadro.

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Calma, eu sei que o quadro é muito sem graça e mal escrito, mas prometo que vou tentar treinar mais isso. E (não) prometo que contarei como serãos os próximos capítulos.

Por fim, FELIZ 2007!