Esboço de diálogo 3

Diz a lenda que a grande novelista Janete Clair, tendo que salvar uma novela que ia mal de audiência, inventou um desastre que matou metade dos personagens de uma novela. Seu intuito, acreditamos, era tentar recomeçar a trama praticamente do zero, eliminando as partes ruins da história.
A seguir apresentaremos um esboço de diálogo que demonstra como em poucas palavras o rumo de uma história pode mudar radicalmente.

- E o caso Isabela, hein?
- Nossa, ontem eu estava voltando para casa e passei em frente à casa dos Nardoni e tinha um monte de jornalista lá sentados. E era engraçado porque estavam todos virados pros monitores assistindo o jogo.
- E quanto foi o jogo?
- Foi dois a um pro São Paulo.
- E aquele gol de mão, hein?

E assim a conversa muda de prumo do nada.

De volta à firma 2

Mais um problema decorrido do excesso de trampo ataca Eu: dores musculares intensas. Confudido incialmente com um simples torcicolo, a dor tomou ares épicos e passou a atacar com mais força e freqüencia na região do ombro e pescoço. Depois de um dolorido fim de semana de sol, nosso protagonista foi ao médico que, sem dó, deu um apertão no músculo inchado e fez o triste diagnóstico, prescrevendo três (três!!!) remédios a serem tomados durante quinze (quinze!!!) dias. Porém, um deles deixa Eu num estado esquisito, sonolento, como cérebro funcionando em delay. Lembram-se da já clássica entrevista conhecida como "sanduiche-iche-iche"? Pois bem, esse é um bom paralelo que conseguimos para o estado no nosso personagem.

Desconsolado, o Chefe propôs acupuntura, marcando imediatamente uma sessão para seu dolorido empregado. Feita as picadas de alfinete, Eu saiu do consultório com as mesmas dores e pedrinhas coladas na orelha esquerda. Passado dois dias, as dores quase que sumiram por completo! Porém, ainda faltam dez (dez!!!) dias de medicações alucinógenas a serem tomadas.

E como as grandes decisões da vida são tomadas após um período de dor, Eu tomou coragem e vai se inscrever em uma academia diferente daquela descrita nos episódios d'A Monografia: a academia de ginástica.

Esboço de diálogo 2

Na firma, o crescimento dos negócios exigiu a contratação de mais funcionários. E o número crescente de funcionários fez com que a firma tivesse que formar um setor de RH de verdade. Anteriormente possuia um "RH" (assim mesmo, entre aspas) que não age como um RH moderno age. Ou seja, além de ser um mero DP (departamento pessoal, e não departamento de polícia), zela pelo bem estar do funcionário.

Porém (é, na firma os acontecimentos nunca são perfeitos), o novo RH acabou por gerar mais revoltas do que beneces. Vejamos o seguinte diálogo:

Funcionária Estressada - Eu não aguento mais! O telefone toca a cada momento que eu respiro! E é sempre trazendo um pepino gigantesco para eu resolver! E é só segunda-feira de manhã e já estou estressada!

Funcionária Estressada sai de sua sala para levar papelada para seu chefe, quando se depara com funcionários do RH pendurando bexigas no corredor.

Funcionária Estressada - E ainda tem gente nessa firma que é paga pra ficar pendurando bexiguinhas pra enfeitar a firma, enquanto eu sou (mal) paga pra ficar me fud (...) nessa mer (...)!

Pedimos desculpas pelos palavrões proferidos em horário impróprio.