Eu, como Pelé, me trato na terceira pessoa.

domingo, setembro 13, 2009

Jornada Dupla 3

Abaixo vamos comparar a reação dos diretores de cada Firma onde Eu trabalha para situações semelhantes.

Sobre novos clientes:

Na Velha Firma:
- Vamos entrar em uma concorrência para ganhar a conta da Uni-Leviz. Precisamos desenvolver uma apresentação para Eles até amanhã!
- Putz...

Na Nova Firma:
- Aqui a gente não fica correndo desesperado atrás do Cliente. Eles sempre nos procuram. E sempre deu certo desse jeito.

Sobre queda de luz:

Na Velha Firma:
- O que foi isso?!?! Não é possível! TEMOS QUE ENTREGAR OS TRABALHOS AGORA E ACABOU A LUZ! O que faremos?
- Com a demanda que temos aqui não deveria ter um gerador?
- Pois é... deveria... mas não tem...

Na Nova Firma:
- O que foi isso?!?! Acabou a luz? Então vamos jogar bola!

Sobre computadores em rede:

Na Velha Firma:
- As informações do Cliente que preciso para entregar o projeto estão no computador A. Só que esse computador está sendo usado pelo Fulano e o projeto dele é pra ser entregue nos próximos minutos e ele não pode parar. Porém o meu era para ser entregue a minutos atrás e não consegui terminar ainda! Preciso pegar todas as informações que estavam no computador A e passar para o computador B! Que merda!!! Isso tudo não deveria estar em rede!?!?
- Pois é... deveria... mas não estão...

Na Nova Firma:
- Todos nossos computadores estão em rede.

Sobre sinergia e motivação de funcioná... ops, digo colaboradores:

Na Velha Firma:
diálogo 1
- Vamos criar uma nova campanha na Intranet e pendurar cartazes dizendo como é legal sempre ter um bom relacionamento com o cliente! Acho que aí nossos colaboradores esquecem um pouco esse negócio de aumento de salário. Afinal, precisamos economizar, certo?
diálogo 2
- Então, vou justificar o motivo pelo qual acredito que eu mereça um aumento de salário. Primeiro; sei que tem colegas que ganham mais que eu, porém fazem bem menos;
Segundo: Quando a Firma precisa estou sempre a disposição, seja madrugadas, finais de semana ou feriados. Aliás, nesse último mês, vim aqui todos os finais de semana, além de ter virado diversas madrugadas trabalhando.
- ... hmmm... Mas nós da Velha Firma acreditamos que você está apenas cumprindo com suas obrigações.

Na Nova Firma:
diálogo 1
- Vamos fazer um churrasco!
diálogo 2
- Vamos jogar bola!
diálogo 3
- Vamos fazer uma festa!


O Pretensioso Crítico - Metal Gear 3


Videogame pode se tornar uma forma de comunicação pedante? Se depender das opiniões do Pretensioso Crítico, sim.

 

Se ainda há algum leitor que acompanha esse espaço, certamente está pensando: "vai falar de videogame de novo!?!" É... vamos... não tem jeito...

 

Em Hamlet no Hollodeck: o futuro da narrativa no ciberespaço, Janet Murray projeta sobre as narrativas num ambiente digital, no qual é possível o espectador interagir com a obra  e não apenas assistir passivamente. O Pretensioso já havia mostrado toda suas opiniôes pretensiosas sobre o assunto num post antigo. Pois bem, ultimamente bastante entretido jogando diversos videogames, se deparou com um jogo que além de ter uma boa jogabilidade, também trouxe uma história envolvente. Trata-se de Metal Gear 3, desenvolvido por Hideo Kojima em 2004 para o console Playstation 2. Sua continuação, Metal Gear 4 também já foi comentada no tal post antigo.

 

Em seu livro, Murray fala sobre o jogo Planetfall  (1983) no qual o personagem controlado pelo jogador é acompanhado por um robô em suas missões. Porém, em uma delas, o robô se sacrifica para que o herói possa prosseguir em sua missão. De acordo com Murray, esse sacrifício era um baque para o jogador por ser uma atitude completamente inesperada, potencializando a dramaticidade da história do game. Ou seja, não basta ser um jogo altamente tecnológico, mas também dramaticamente bem construído. 

 

Em Metal Gear 3, jogamos com o espião estadunidense Snake que, infiltrado numa floresta na Unão Soviética em plena Guerra Fria, tem que destruir uma geringonça mortal e tentar salvar o cientista que o desenvolveu das mãos do inimigo. Mas, no decorrer do jogo, como um verdadeiro filme de espionagem, nos aliamos a uma espiã que nunca sabemos ao certo se devemos confiar, além de descobrirmos que aquele em que mais acreditamos virou a casaca.

 

Nessa história, a vira casaca atende pelo nome de Boss e foi quem ensinou Snake nas artes da luta e da espionagem. O vídeo que abre este post é uma das últimas cenas do jogo, no qual é mostrado a morte da Boss após uma luta contra Snake. Talvez vista sem contexto, a cena pareça um pouco exagerada em sua dramaticidade e maneirismos, mas depois de ter acompanhado a saga de Snake para cumprir sua missão é uma cena deveras emocionante. Quando a Boss pede para que Snake a mate, é o próprio jogador que é obrigado a apertar o botão e disparar o gatilho, aumentando ainda mais  a dramaticidade da cena para o jogador.

 

Certamente, pelo menos para o Pretensioso Crítico, esse jogo prova que o enredo de um videogame não precisa ser um mero pretexto para o jogo. Segundo ele (só ele, salientamos), trata-se de uma obra-prima do gênero (se é que pode se chamar assim). Exagerado, o Pretensioso Crítico afirma que os jogos digitais já podem ser considerados uma nova forma de expressão artítisca, do mesmo modo que o cinema e os quadrinhos.

(Os mantenedores deste blog não se responsabilizam pelas opiniões escritas acima. Achamos que o Pretensioso Crítico já está ficando pinel.)

sexta-feira, setembro 11, 2009

Concorrência

Desta vez vamos tentar voltar à programação normal para que nossos fãs (resta alguém aí?) não nos abandonem de vez.

Esse pais chamado Brasil está saindo da crise financeira mundial mais competitiva do que antes da maré brava começar (ou a marola começar, como quiserem alguns). Pelo menos é o  que dizem. E é exatamente desse jeito que a Velha Firma quer se sair. Para tanto, está oferecendo seus serviços para inúmeros clientes em potencial (desde que esse potencial também seja financeiramente bom).

E com esse desejo já entranhado na mente, a Dona da Velha Firma, catita como só ela consegue ser, tem uma brilhante idéia para apresentar em uma concorrência de um novo pó$$ível trabalho.  Acreditamos que não precisamos explicar o que é uma concorrência em se tratando do mercado corporativo. Mas mesmo assim, vamos fazer uma explanação sobre o assunto, afinal estamos devendo um post neste blog há um bom tempo. Aliás, vamos recorrer a um conto da carochinha  para explicar a contento essa expressão.

Era uma vez uma multinacional que detinha o monopólio em todos os nichos de mercado que atuava. Vamos chamar essa empresa de... Uni-Leviz.  Um dia, ela chamou várias empresas que cuidam de marca corporativa e pediu para que cada uma desenvolvesse uma campanha de marketing para sustentar a marca durante mais duzentos anos. Aquela que chegasse mais perto daquilo que os donos da Uni-Leviz (os irmãos Leviz, sempre unidos) queriam, ganhava a conta e o amor da jovem princesa Leviz.

 Pois bem, acreditamos que essa pequena introdução já seja o suficiente para entender do que se trata a “concorência”. Continuando a história que interessa, a Dona da Firma queria participar de uma concorrência. Essa brilhante idéia surgiu (adivinhem!) numa sexta-feira e a reunião era na próxima segunda-feira, Ou seja, alguém ia se ferrar desenvolvendo esse projeto no fim de semana.  Como Eu está um pouco de saco cheio porque Agosto é o mês do desgosto (se tivermos saco explicaremos os ocorridos num futuro post), sobrou para seus outros colegas a árdua tarefa de fazer um projeto de um dia pro outro.   Todos trabalharam praticamente as 48 horas do fim de semana para que tudo estivesse perfeito na segunda-feira.

 No dia da reunião, a Dona pensa em voz alta: acho que não vou apresentar o projeto que desenvolvemos no final de semana... afinal foi feito muito às pressas e ainda não está maduro. Vou apenas apresentar o Power Point apontando as principais idéias que queremos desenvolver.

Assim foi. E, adivinhem? A Velha Firma perdeu a concorrência. Talvez tenha faltado um pré-sal na proposta do projeto.