Eu, como Pelé, me trato na terceira pessoa.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

O Fim da História como Conhecemos 1

Pois é, sem nos alongarmos muito, adiantamos em primeira mão o fim da história como conhecemos: Eu está para sair da Velha Firma.

Mais detalhes de como se deu/dará isso futuramente.

Todo bom seriado precisa manter o suspense, não?

Enquanto isso, nossos aparentemente desesperados roteiristas não revelam se o seriado irá terminar ou continuará com um novo mote, que pode ser a Nova Firma.

A única informação que aceitaram adiantar é que está tudo as mil maravilhas com Eu.

segunda-feira, novembro 15, 2010

Acontecimentos Jocosos 3

Recapitulando com ligeireza os últimos acontecimentos da nossa trama, a Velha Firma passa por grandes mudanças estruturais feitas para inglês ver. Uma delas foi o anúncio de obras faraônicas para agregar melhor as equipes.


Segundo os mandatários, uma das causas dos péssimos números apresentados nos últimos relatórios de finanças é a segregação de cada setor da Velha Firma. Ou seja, cada departamento fica isolado em sua própria sala, o que propicia um distanciamento dos profissionais que estão envolvidos no mesmo projeto.


Para resolver tal questão, foi proposto a quebra das paredes. Assim todos trabalhariam juntos e unidos em torno de um mesmo ideal: a satisfação do cliente e do Dono da Firma! Porém, como sempre, não querem saber da opinião dos colaboradores. Mas qual o motivo de tanto ceticismo por parte desse que vos escreve, devem estar pensando nossos animados leitores? Simples, será a nossa resposta. Basta revisarmos um pouco o histórico da Velha Firma nos nossos arquivos.


Obras faraônicas, dignas de um Maluf já foram realizadas na Velha Firma. A última, pelo que nossos leitores se lembram foi a construção de uma nova sede em plena crise econômica mundial. Com o intuito de fazer uma construção com uma arquitetura elegante e charmosa, colocaram janelas escuras que não permitem que se enxergue o lado de fora, deixando o ambiente bem elegante, mas claustrofóbico. Mas o importante é manter o glamour, não?


Em reformas anteriores, foi proposto a arquitetura estilo clean, com paredes brancas que indicariam um ambiente moderno e limpo, trazendo um bem estar para o cliente que visitasse a Velha Firma. E os colaboradores? Bem, eles não foram consultados e como resultado, um ambiente que não ajuda em nada o bom funcionamento interno. As paredes brancas, que doem os olhos de tão brancas já estão mais pra cinza, com a sujeira que se acumulou. Os ar-condicionados*, colocado em locais estrategicamente errados, congelando apenas uma parte de cada sala onde foram instalados, são bonitos mas, alguns, bem barulhentos. É melhor deixá-los desligados para uma melhor comunicação entre os colaboradores. E alta tecnologia outrora investida nos verdes anos sofrem com o calor, dando sinais claros que estão muito velhos e querendo a aposentadoria o mais rápido possível.


Portas e armários, quando não ficam rangendo clamando por óleo, caem e começa a aventura da burocracia como envio de uma solicitação para orçar o conserto. Vou repetir: uma solicitação para orçar o conserto. Vou repetir mais uma vez para ser bem redundante (para tentar fazer um texto maior do que o de costume): ORÇAR o conserto**! Mais uma vez para não perder a amizade: ORÇAR o conserto! Ou seja, imaginem quanto tempo irá se desenrolar a novela, caríssimos e parquíssimos leitores.


Essas e outras histórias obras/reformas fazem crer que tudo isso que a alta cúpula deseja, como se diz no popular VAI DAR MERDA!


* Uma dúvida avassalou a mente desse pobre pseudo escritor: qual é o plural de ar-condicionado? Ares-condicionados? E mantém o hífen? Grandes questões que talvez nunca serão respondidas...


** Mais uma vez, só pra encerrar, com um variação na pontuação e com todas as letras em caixa alta: ORÇAR O CONSERTO?!? Fiquem com essas palavras e até a próxima!


ORÇAR O CONSERTO...


segunda-feira, novembro 08, 2010

Missão, Visão, Valores

Toda firma que se preze precisa ter elaborado seus objetivos e deveres para com* a sociedade. Para tanto, algum diretor de marketing mundo afora inventou a fórmula que julgou perfeita para todas as empresas do mundo copiarem. Esse marketeiro em questão intitulou seu estatuto de "Missão, Visão e Valores". Mas o que esse blá blá blá entediante está fazendo neste blog?

Calma! Essa introdução serve para começarmos o episódio de hoje tentando explicar para nossos parcos leitores como funciona a mentalidade da Velha Firma aproveitando um clichê do mundo marketeiro. Preparados? Então vamos lá:

Missão: Garantir a perfeição e satisfação, antes, durante e depois da entrega do produto e serviço solicitado pelos nossos clientes.

Visão: Gerar valor de mercado para aqueles que usufruem de nossos serviços com o melhor expertise

Valores: Empreendedorismo, Inovação, Ética, Crescimento Sustentável, Compromisso com o cliente.

Pois bem, é óbvio que o colaborador que escreveu as diretrizes acima usou palavras clichê do mundo corporativo, como crescimento sustentável ou expertise. Ao surgir algum outro palavreado que vire moda no mundo clichezístico do marketing, essa palavra, não tenham dúvidas, será inserida.

No mais, essa pseudo-aula de marketing (amantes da nova língua portuguesa, tem hífen na expressão referida?) ainda é uma introdução (interminável, confessamos) para começarmos um novo quadro no nosso minguado seriado: o "Pode e Não Pode"! Trata-se de um exercício de criação de nossos roteiristas muito simples: vão expor práticas completamente antagônicas da Velhar Firma em casos similares. Confuso a maneira como esse pobre escritor de blog sem audiência explicou? Então vamos ao primeiro episódio desse quadro!

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Eu, não aguentando mais trabalhar loucamente, pede para tirar uns dias de férias, dez, para ser mais exato. Porém o RH afirma que, segundo a legislação, o colaborador (vulgo funcionário) não pode tirar férias em pedaços. Percebendo o estado lastimável de Eu, o RH deixa ele tirar 7 dias de folga.

Em outro caso, Outro Colaborador (vulgo funcionário coitad0) suspende suas férias no meio por aumento de trabalho na Velha Firma. Aí nossos caríssimos leitores se perguntam: mas não chamaram ninguém para ficar no lugar dele? É... parece que ninguém aceitou o cachê proposto...

Conclusão: tirar 7 dias de férias não pode, mas voltar das férias antes pode.

Conclusão 2: o caro colaborador do marketing esqueceu de colocar alguma coisa sobre o bem estar dos colaboradores (vulgos otários) no seu estatuto. Pensando bem, na verdade não esqueceu. A Velha Firma não pensa nisso.

*Esse que vos escreve agradece a oportunidade surgida para usar a expressão "para com", que julga tão culta e necessária para a credibilidade desses escritos tão meticulosos.

domingo, outubro 24, 2010

Acontecimentos Jocosos 2

E para matar um pouco do suspense dos últimos meses, voltamos com acontecimentos inéditos na Velha Firma. Peraê, inéditos não. Nossos roteiristas, com preguiça de tentar inventar mais tramas do nada*, começaram a reciclar idéias. Por exemplo, a reengenharia da Firma.

Os grandes mandatários da Velha Firma estão completamente insatisfeitos com os números apresentados. Deixando de apresentar a fama e, principalmente os lucros exorbitantes de 200% em cima do trabalho escravo... digo... da força de seu público interno, a gerência mandou: FAÇAM ALGUMA COISA!

E essa alguma coisa está sendo feita, por mais que seja para inglês ver. Afinal, muda-se nossos chefes de funções mas o pensamento continua o mesmo. Muda-se o nome das funcões, mas o pensamento continua o mesmo. Constrói-se novas salas mas o pensamento continua o mesmo. E ao fazer novas contratações volta um velho personagem já conhecido de nosso público. Fazendo um exercício mental, é como a volta da Odete Roitman nas reprises noturnas do canal por assinatura Viva. Para os roteiristas e a gerência da Velha Firma um tiro certo. Para o restante dos personagens da trama, o caos total.

Cansados de administrar muitos personagens, nossos roteiristas decidiram diminuir o números de colaboradores da Velha Firma. O pretexto para tanta demissão seria a insatisfação que os novos (velhos) rumos estão tomando. Mas ao contrário de um reality show, os colaboradores nem esperam a famosa fala do Capitão Nascimento "pede pra sair!" e já vão dando o fora de fininho. Aí, temos que reconhecer, tem um golpe de mestre dos nossos roteiristas: toda semana um personagem "pedirá as contas" (como se diz no popular). E, assim, poderá manter o interesse de nossos espectadores para essa trama tão usada.

E Eu já procura uma nova Firma para dizer "me possuam!"

* Citando um dos funcionários da Velha Firma em uma situação semelhante: "Agora vou ter que cagar um trabalho glamuroso!"

quinta-feira, outubro 14, 2010

Acontecimentos Jocosos 1


Depois de um longo período, voltamos a publicar os desdobramentos de Eu na calamitosa Velha Firma. Pois bem, muitas coisas aconteceram e ainda acontecerão desde os últimos acontecimentos descritos. Porém, nossos roteiristas estão completamente desanimados em organizar e relatar o desenrolar de tão jocosa história. Mas, espelhando o funcionarismo público, damos uma passada por aqui só para dizer que passamos e deixamos uma tira que exemplifica um pouco o estado de espírito de Eu. Boa leitura.




*A tira faz parte da série Malvados, de André Dahmer.

domingo, agosto 01, 2010

Um novo personagem

Depois de algumas voltas anunciadas mas não cumpridas, tentamos retornar à nossa programação normal. E para a trama não começar a ficar repetitiva, como era temor de grande parte da equipe de responsáveis exclusivamente por alimentar as tramas desse seriado, nossos roteiristas resvolveram criar um novo personagem: a Consultora de RH, vulgo Psicóloga.

Mas quem é esse personagem misterioso que adentra uma trama tão consolidada no inconsciente coletivo dos brasileiros que lêem esses escritos com avidez? Contratada pelo departamento de recursos humanos da Velha Firma, ela tem como missão melhorar o tão desgastado ambiente de trabalho. Para tanto, ela busca ouvir isoladamente todos os funcionários de um mesmo departamento e buscar soluções para os conflitos internos. Pelo que parece, é como um Big Brother Brasil com um Pedro Bial às avessas, já que a Psicóloga (aparentemente) não busca semear a discórdia.

Pois bem, dizem que os consultores são contratados pelas empresas para solucionar o caos das firmas apontando problemas que todo mundo já sabia que existia e já sabia como solucionar. Mas para colocar em prática essas soluções, os presidentes das firmas precisam pagar muito bem alguém para dizer isso. E é aí que entra uma das características principais desse novo personagem.

Se assistirmos alguns episódios antigos aleatórios da saga de Eu na Velha Firma, perceberemos que um dos problemas comuns e já desgastadamente aproveitados pelos nossos geniais roteiristas é o grandíssimo volume de trabalho, que faz com que Eu seja um workaholic involuntário. Segundo a Psicóloga, como se trata de um problema que atrapalha a "qualidade de vida", nunca mais Eu precisará se preocupar em trabalhar além do seu horário.

Ãhn...?!? Imagino que nossos mais ardorosos fãs (e estamos nos referindo àqueles que vão à convenções temáticas caracterizados com as roupas de nossos personagens) estão boquiabertos e se sentindo traídos. Afinal, ser era tão fácil resolver esse problema, porque não foi resolvido antes? Sim, argumentamos com nossos roteiristas que essa solução para uma reviravolta é demasiadamente simplista e insulta a inteligência de nosso fãs. Mas, agora Inês é morta e vamos seguir em frente nessa nova absurda trama.

E se isso importa ainda, Eu ficou levemente satisfeito com a decisão. Mas... (não percam o próximo capítulo!)

domingo, julho 04, 2010

De volta 2

Bem amigos! Com o fim da Copa do Mundo para a seleção canarinho, voltamos à nossa velha e corporativa programação corriqueira. Se vocês, amados leitores dessas linhas digitais, estão esperando mais um post sobre a vida em quatro rodas, ficarão completamente decepcionados pois esses escritos serão sobre a... Velha Firma ! Sim, os causos sobre as diversas raladas que o carro do nosso protagonista está sofrendo (tem tantos que está parecendo uma nova modalidade de pintura para carros: a cor malhada) ficarão para uma outra oportunidade.

Quem é habitué (palavra bonita, pena que os redatores não sabem se está grafada corretamente) deste espaço bloguístico sabe que na Velha Firma seus funcio... digo, colaboradores, trabalham sempre prevendo o pior. Vejamos um caso ocorrido numa sexta-feira às vinte-horas:

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Chefe - Sábado e domingo você virá tocar o Projeto "Foda pra Caralho" do cliente Puta que Pariu.
Eu - Putz... Mas vamo lá, né? Se a Firma Velha presa tanto por esse cliente...

Cinco minutos depois.

Chefe - Então, sábado você irá tocar um projeto interno da Velha Firma para angariar novos clientes. Vou pedir pro Gerente do Setor de projetos inúteis, Chato da Porra, te procurar e conversar com você.
Eu - Hein?!? Já não basta ter que vir no fim de semana e tocar um projeto do Chato da Porra?!?
Chefe - São ordens da alta gerência. Tentei persuadí-los, mas sem sucesso.

Cinco minutos depois.

Chefe - Você pode ficar até mais tarde, hoje? Chegou um projeto que precisa ser refeito pra amanhã de manhã.
Eu - Isso só pode ser uma pegadinha! E você é o Ivo Holanda?!?

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Ou seja, numa sexta-feira noturna, enquanto nobres e felizes funcionários de outras firmas dessa galáxia estão em seus momentos de lazer, os infelizes colaboradores da Velha Firma estão apenas tentando começar seu serviço esperando pelo pior. E o que salvava tudo isso era poder parar de trabalhar durante os jogos do Brasil. Mas, segundo o raciocínio lógico da Velha Firma, tudo que é ruim vai piorar, o Brasil já caiu na pegadinha para o Holanda, digo a Holanda e acabou com os micro feriados de duas horas. Droga de vida!