O Fim da História como Conhecemos 1
Pois é, sem nos alongarmos muito, adiantamos em primeira mão o fim da história como conhecemos: Eu está para sair da Velha Firma.
Eu, como Pelé, me trato na terceira pessoa.
Pois é, sem nos alongarmos muito, adiantamos em primeira mão o fim da história como conhecemos: Eu está para sair da Velha Firma.
Recapitulando com ligeireza os últimos acontecimentos da nossa trama, a Velha Firma passa por grandes mudanças estruturais feitas para inglês ver. Uma delas foi o anúncio de obras faraônicas para agregar melhor as equipes.
Segundo os mandatários, uma das causas dos péssimos números apresentados nos últimos relatórios de finanças é a segregação de cada setor da Velha Firma. Ou seja, cada departamento fica isolado em sua própria sala, o que propicia um distanciamento dos profissionais que estão envolvidos no mesmo projeto.
Para resolver tal questão, foi proposto a quebra das paredes. Assim todos trabalhariam juntos e unidos em torno de um mesmo ideal: a satisfação do cliente e do Dono da Firma! Porém, como sempre, não querem saber da opinião dos colaboradores. Mas qual o motivo de tanto ceticismo por parte desse que vos escreve, devem estar pensando nossos animados leitores? Simples, será a nossa resposta. Basta revisarmos um pouco o histórico da Velha Firma nos nossos arquivos.
Obras faraônicas, dignas de um Maluf já foram realizadas na Velha Firma. A última, pelo que nossos leitores se lembram foi a construção de uma nova sede em plena crise econômica mundial. Com o intuito de fazer uma construção com uma arquitetura elegante e charmosa, colocaram janelas escuras que não permitem que se enxergue o lado de fora, deixando o ambiente bem elegante, mas claustrofóbico. Mas o importante é manter o glamour, não?
Em reformas anteriores, foi proposto a arquitetura estilo clean, com paredes brancas que indicariam um ambiente moderno e limpo, trazendo um bem estar para o cliente que visitasse a Velha Firma. E os colaboradores? Bem, eles não foram consultados e como resultado, um ambiente que não ajuda em nada o bom funcionamento interno. As paredes brancas, que doem os olhos de tão brancas já estão mais pra cinza, com a sujeira que se acumulou. Os ar-condicionados*, colocado em locais estrategicamente errados, congelando apenas uma parte de cada sala onde foram instalados, são bonitos mas, alguns, bem barulhentos. É melhor deixá-los desligados para uma melhor comunicação entre os colaboradores. E alta tecnologia outrora investida nos verdes anos sofrem com o calor, dando sinais claros que estão muito velhos e querendo a aposentadoria o mais rápido possível.
Portas e armários, quando não ficam rangendo clamando por óleo, caem e começa a aventura da burocracia como envio de uma solicitação para orçar o conserto. Vou repetir: uma solicitação para orçar o conserto. Vou repetir mais uma vez para ser bem redundante (para tentar fazer um texto maior do que o de costume): ORÇAR o conserto**! Mais uma vez para não perder a amizade: ORÇAR o conserto! Ou seja, imaginem quanto tempo irá se desenrolar a novela, caríssimos e parquíssimos leitores.
Essas e outras histórias obras/reformas fazem crer que tudo isso que a alta cúpula deseja, como se diz no popular VAI DAR MERDA!
* Uma dúvida avassalou a mente desse pobre pseudo escritor: qual é o plural de ar-condicionado? Ares-condicionados? E mantém o hífen? Grandes questões que talvez nunca serão respondidas...
** Mais uma vez, só pra encerrar, com um variação na pontuação e com todas as letras em caixa alta: ORÇAR O CONSERTO?!? Fiquem com essas palavras e até a próxima!
ORÇAR O CONSERTO...
Toda firma que se preze precisa ter elaborado seus objetivos e deveres para com* a sociedade. Para tanto, algum diretor de marketing mundo afora inventou a fórmula que julgou perfeita para todas as empresas do mundo copiarem. Esse marketeiro em questão intitulou seu estatuto de "Missão, Visão e Valores". Mas o que esse blá blá blá entediante está fazendo neste blog?
E para matar um pouco do suspense dos últimos meses, voltamos com acontecimentos inéditos na Velha Firma. Peraê, inéditos não. Nossos roteiristas, com preguiça de tentar inventar mais tramas do nada*, começaram a reciclar idéias. Por exemplo, a reengenharia da Firma.
Depois de algumas voltas anunciadas mas não cumpridas, tentamos retornar à nossa programação normal. E para a trama não começar a ficar repetitiva, como era temor de grande parte da equipe de responsáveis exclusivamente por alimentar as tramas desse seriado, nossos roteiristas resvolveram criar um novo personagem: a Consultora de RH, vulgo Psicóloga.
Bem amigos! Com o fim da Copa do Mundo para a seleção canarinho, voltamos à nossa velha e corporativa programação corriqueira. Se vocês, amados leitores dessas linhas digitais, estão esperando mais um post sobre a vida em quatro rodas, ficarão completamente decepcionados pois esses escritos serão sobre a... Velha Firma ! Sim, os causos sobre as diversas raladas que o carro do nosso protagonista está sofrendo (tem tantos que está parecendo uma nova modalidade de pintura para carros: a cor malhada) ficarão para uma outra oportunidade.